A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a inclusão do cloridrato de alectinibe no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. A partir de hoje, 1º de dezembro, o medicamento passa a ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde para pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC), nos estágios IB a IIIA, que apresentem mutação ALK positiva e tenham passado previamente por cirurgia.

A decisão, que foi tomada após reuniões técnicas, avaliações científicas rigorosas e ampla consulta pública, representa um avanço significativo no acesso a tratamentos modernos. Dessa forma, o Brasil dá mais um passo na democratização das terapias inovadoras voltadas para pacientes com câncer no sistema de saúde suplementar.

Por que o alectinibe é um avanço no tratamento do câncer

O alectinibe é um medicamento de terapia-alvo, desenvolvido para agir especificamente em tumores que apresentam alteração no gene ALK

Médicos e pesquisadores valorizam cada vez mais esse tipo de abordagem no tratamento do câncer, porque ela permite atingir as células tumorais de forma mais precisa.

Embora a mutação ALK esteja presente em apenas 3% a 5% dos casos de câncer de pulmão, ela costuma estar associada a tumores mais agressivos e com maior probabilidade de recorrência.

Nesse sentido, a incorporação do alectinibe ao Rol da ANS é considerada um marco. Isso porque estudos internacionais já demonstraram benefícios expressivos, como:

  • redução significativa do risco de retorno do câncer após a cirurgia;
  • aumento da sobrevida livre de progressão;
  • maior segurança e previsibilidade ao paciente na fase adjuvante;
  • menor toxicidade se comparado a terapias tradicionais utilizadas nos anos anteriores.

Consequentemente, os pacientes ganham mais qualidade de vida, além de um tratamento direcionado e alinhado às melhores práticas internacionais de combate ao câncer de pulmão.

Dados sobre o câncer mostram a urgência

O câncer de pulmão continua sendo um dos tipos mais letais e desafiadores no Brasil. De acordo com o INCA, cerca de 32 mil novos casos são diagnosticados anualmente entre 2023 e 2025. 

Embora o tabagismo permaneça como principal fator de risco, o aumento de diagnósticos entre pessoas que nunca fumaram reforça a importância dos testes genéticos e da adoção de terapias personalizadas.

Além disso, um dos maiores desafios no país é o diagnóstico tardio. Médicos identificam grande parte dos casos de câncer de pulmão apenas em estágio avançado, quando as possibilidades de intervenção se tornam mais limitadas.

Por isso, medicamentos adjuvantes como o alectinibe se tornam essenciais para reduzir a chance de recidiva após a cirurgia e ampliar o controle da doença no médio e longo prazo.

Como a ANS decide o que entra no Rol de Saúde

Para incorporar um novo medicamento ao Rol, a ANS segue um processo técnico e estruturado que envolve diversas etapas. 

Primeiramente, são realizadas avaliações científicas sobre eficácia, segurança e custo-benefício. Em seguida, o tema passa por análises técnicas conduzidas por especialistas e, posteriormente, por uma consulta pública, que permite a participação de médicos, pacientes e entidades do setor.

Por fim, a decisão é levada à Diretoria Colegiada, que delibera sobre a inclusão. Após a aprovação, a cobertura torna-se obrigatória para todos os planos de saúde, garantindo padronização no acesso, redução de desigualdades e alinhamento com protocolos internacionais de oncologia.

O que muda para pacientes e operadoras

Para os pacientes

A partir dessa incorporação, quem enfrenta câncer de pulmão contará com vantagens importantes, como:

  • acesso a uma terapia moderna e de alto custo sem necessidade de pagamento extra;
  • maior probabilidade de evitar a recidiva do câncer após a cirurgia;
  • tratamento mais direcionado e com menos efeitos colaterais;
  • alinhamento do plano de saúde com recomendações utilizadas em centros de referência mundiais.

Para as operadoras

Por outro lado, os planos de saúde também precisarão se adaptar. Entre as mudanças estão:

  • atualização dos protocolos internos de autorização;
  • inclusão do alectinibe dentro das redes de tratamento oncológico;
  • possível aumento inicial dos custos assistenciais, compensado pela redução de complicações futuras e de internações de alto custo.

Assim, apesar dos ajustes necessários, a medida tende a gerar impacto positivo para todo o ecossistema da saúde suplementar, promovendo tratamentos mais eficazes e melhor qualidade de vida aos pacientes com câncer.

Acesso ampliado e esperança renovada

De maneira geral, a decisão da ANS fortalece o acesso a terapias inovadoras e marca uma conquista relevante para pacientes com câncer de pulmão ALK positivo. 

Com a ampliação de tratamentos baseados em genética e medicina personalizada, o Brasil se aproxima das diretrizes adotadas nos melhores centros oncológicos do mundo. 

Esse avanço beneficia tanto os pacientes quanto o sistema de planos de saúde, que passa a oferecer opções mais modernas e eficientes.

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